segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ao mestre com carinho

Há um ano o Brasil se despedia de Armando Nogueira, advogado profissão e jornalista de coração. Ele com certeza será lembrado em vários livros e trabalhos acadêmicos na história do jornalismo brasileiro, em parte pelo seu talento encantador com as palavras e suas crônicas inesquecíveis e, por outra parte, como um dos pioneiros no jornalismo televisivo e pela criação do Jornal Nacional.


Ele era mesmo diferente, em 1965 trocou o jornal impresso para fazer televisão, na época um projeto arriscado e audacioso e que não era levado a sério, nasceria então a Rede Globo. Um ano depois assumiu a direção da Central Globo de Jornalismo e foi o líder da criação de um dos principais jornais do país, o Jornal Nacional.


Essa semana li uma poesia que o próprio escreveu que me fez pensar: Não foi só nós jornalista que ficamos órfãos, as palavras também ficaram...


Como ele era um apaixonado por esportes, seu velório foi num cenário a altura do seu talento, no palco onde só os grandes se eternizaram, o Maracanã. Uma honra para tribuna do estádio que guardou seu corpo por um dia. A eternidade há de selar pela grandeza de seu espirito. E nós, Jornalistas do Brasil, guardaremos para sempre a memoria do grande mestre.


Armando também era apaixonado pelas alturas, nas horas vagas amava pilotar aviões de passeio. Eu não o conheci pessoalmente e tenho certeza que nunca o conhecerei. Os mais próximos dele dizem que em uma bela noite quase podíamos vê-lo voar com suas crônicas. Bem, acho que ele agora pode...


Se deixarem, eu gostaria de terminar com textos de Armando Nogueira.


Posso?
Obrigado!


“Pelé já era melhor muito antes de ser, e continua sendo mesmo depois de ter sido.”


“Amar o passe, amar o drible, amar a fita, Amaradona.”


“O Rádio ensina as pessoas a fechar os olhos para ver melhor”.


“Bem que a vida poderia imitar o basquete, só valeria o tempo intensamente vivido, na ação ou na contemplação, o tempo consumido no sono e na melancolia não devia ser contado. E eu estaria hoje na flor da idade”.

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