sexta-feira, 22 de julho de 2011

Opinião caso de doping na Natação

Essa semana vimos os nadadores ,sendo absolvidos pelo usa de substância proibida nos esportes. Essa substância, a furosemida "mascara" outras substâncias. Isso quer dizer que se os atletas utilizaram outro tipo de remédio proibido ou qualquer outra coisa, essa substância, a furosemida, não esconde tais coisas.

Em julgamento eles foram absolvidos, alegando que não sabiam e que sempre utilizaram esse suplemento.

Com base em suas declarações acho que ficou barato demais. Quero acreditar neles. Mas vale lembrar que em todos os casos sempre houve punição. Lembram de Daiane dos Santos?

Ela também alegou que não sabia de nada etc e tal.

No caso dos meninos, vai ficar por isso e pronto, assunto encerrado.

No Brasil da atualidade tudo pode, a gente tem um jeito pra tudo. Por essas e outras que eu digo:

Vivemos num pais de impunidade...

Leandro Aguilar


Idosa aprende a ler e a escrever aos 104 anos na Bahia

É impressionante como a perseverança das pessoas nos estimula. A aula aqui é hoje, se é que podemos chamar de aula, é sobre a busca de um sonho.

Sim, o sonho de Maria Joviniana era ler e escrever. E aos 104 anos de idade ele conseguiu atingir seu objetivo.

Demorou para ela realizar? Podemos dizer que sim. Mas uma lição que tiramos dessa história é:

Os sonhos não morrem. No máximo, eles hibernam.


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ao mestre com carinho

Há um ano o Brasil se despedia de Armando Nogueira, advogado profissão e jornalista de coração. Ele com certeza será lembrado em vários livros e trabalhos acadêmicos na história do jornalismo brasileiro, em parte pelo seu talento encantador com as palavras e suas crônicas inesquecíveis e, por outra parte, como um dos pioneiros no jornalismo televisivo e pela criação do Jornal Nacional.


Ele era mesmo diferente, em 1965 trocou o jornal impresso para fazer televisão, na época um projeto arriscado e audacioso e que não era levado a sério, nasceria então a Rede Globo. Um ano depois assumiu a direção da Central Globo de Jornalismo e foi o líder da criação de um dos principais jornais do país, o Jornal Nacional.


Essa semana li uma poesia que o próprio escreveu que me fez pensar: Não foi só nós jornalista que ficamos órfãos, as palavras também ficaram...


Como ele era um apaixonado por esportes, seu velório foi num cenário a altura do seu talento, no palco onde só os grandes se eternizaram, o Maracanã. Uma honra para tribuna do estádio que guardou seu corpo por um dia. A eternidade há de selar pela grandeza de seu espirito. E nós, Jornalistas do Brasil, guardaremos para sempre a memoria do grande mestre.


Armando também era apaixonado pelas alturas, nas horas vagas amava pilotar aviões de passeio. Eu não o conheci pessoalmente e tenho certeza que nunca o conhecerei. Os mais próximos dele dizem que em uma bela noite quase podíamos vê-lo voar com suas crônicas. Bem, acho que ele agora pode...


Se deixarem, eu gostaria de terminar com textos de Armando Nogueira.


Posso?
Obrigado!


“Pelé já era melhor muito antes de ser, e continua sendo mesmo depois de ter sido.”


“Amar o passe, amar o drible, amar a fita, Amaradona.”


“O Rádio ensina as pessoas a fechar os olhos para ver melhor”.


“Bem que a vida poderia imitar o basquete, só valeria o tempo intensamente vivido, na ação ou na contemplação, o tempo consumido no sono e na melancolia não devia ser contado. E eu estaria hoje na flor da idade”.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Felicidades

A felicidade e o dinheiro sempre estiveram conectados na minha vida. Se tenho grana é porque estou bem no trabalho, logo, bem comigo mesma. Porém há uma controvérsia: os momentos mais felizes que tive não dependeram de grana diretamente, mas do meu estado de espírito, de acreditar na vida, nas pessoas e na capacidade inigualável que tenho de me iludir.”

Essa interessante reflexão foi feita por uma conhecida. Comigo – e acho que com a maioria das pessoas – é parecido. Grande parte das coisas boas que vivi não dependeu necessariamente de grana. Porém, a maior parte das coisas boas que vivi, só vivi porque tinha grana.

Parece impossível fugir disso. Ao menos neste mundo.

Em minha profissão de palestrante e consultor sou exposto diariamente a altos executivos e donos de empresas, gente que tem muito dinheiro. E sabe de uma coisa? Nenhum deles chega nem perto das pessoas mais interessantes – e algumas das mais felizes - que conheço e que são, irremediavelmente, duras. Sempre batalhando por grana para pagar as contas no final do mês.

Isso me leva a concluir que existem dois tipos de felicidade: uma que se consegue com grana e outra que vem sem ela. É no equilíbrio dessas felicidades que está o segredo.

Aquela minha conhecida organiza eventos, lida com a área artística. E perguntei se ela já se imaginou como uma bancária ou funcionária pública pra garantir o sustento e poder fazer as coisas que ama. Ela estranhou a pergunta, e eu completei: o Carlos Drummond de Andrade, entre outras dezenas de artistas, poetas e escritores, viveu a vida como um burocrático funcionário público enquanto escrevia poesia. Imagine Drummond cercado diariamente de não-poetas e não-artistas, gente que não atingia seu grau de sensibilidade. Que tipo de conversas consumia seu tempo de vida? Os mesmos assuntos mundanos de nosso dia a dia? Será que ele era um sujeito feliz? Ou seria feliz apenas quando produzia suas poesias, que nada tinham a ver com sua fonte de renda?

Talvez aí esteja uma pista sobre o tal do equilíbrio: sangue de barata para suportar os pocotós e garantir o sustento. E inteligência para não se deixar contaminar pela burrice reinante, valorizando os preciosos momentos de nossas vidas que a mediocridade tenta desperdiçar. É justamente aí que surgem os mestres e os amigos especiais, mesmo os que não conhecemos pessoalmente , que nos inspiram a fazer as coisas que nos deixam felizes e que nada tem a ver com dinheiro.

Quer saber?

Felicidade é estar aqui escrevendo para você.

Luciano Pires

terça-feira, 7 de junho de 2011

A Despedida de um ìdolo

Como muitos outros tantos, Ronaldo de Souza Nazário começou assim o jogo, condenado pelas estatísticas sociais e atrás na corrida da vida pelo corpo frágil. Razões de sobra para incertezas. Ainda que as carências batessem na porto no final do mês, alguma coisa deveria ser feito para tornar possível o sonho do menino.

E assim foi feito, como num roteiro conhecido e nem por isso menos cinematográfico. As lembranças mais felizes vinham dos campos.

Logo as façanhas do menino que assombrava os campinhos de Bento Ribeiro foram rompendo os limites da bola. Os tempos seguiam duros para os Nazários Ronaldo chegou a treinar no Flamengo, mas por falta de dinheiro para pagar quatro conduções ele começou a carreira no São Cristóvão.

Nascia um mito. De gol em gol mais fronteiras eram cruzadas. O mito crescia. Quando toda a responsabilidade do mundo recaia sobre as costas do ex-atacante do São Cristóvão ele puxava na memória o arquivo de tudo que passará para estar ali. Todos os olhos do mundo para sua direção. E dai? O mundo aos seus pés, e daí? Os olhos para os quais todos os olhares convergiam olhavam para trás, no filme, toda uma vida. Os personagens? Todos os companheiros na longa jornada, cúmplices na aventura de nascer pobre no Brasil, viver e vencer. Fazer para eles, por eles.

Em 1994 ele foi campeão da Copa do Mundo nos Estados Unidos, feito repetido em 2002 na Alemanha.

Sua carreira também foi marcada por sérias lesões em seus dois joelhos. Fatos que fizeram a mídia mundial duvidar de sua volta aos gramados. Mas ele o fez e em grande estilo. Em 2011 depois da eliminação precoce na Libertadores ele anunciou sua aposentadoria. Mas faltava o ultimo ato, o “Gran finale”, a despedida da seleção. Fato que vai ocorrer daqui instantes. E ai pronto. Não vai faltar mais nada. A obra vai estar pronta.

Ia me esquecendo. Obrigado Ronaldo por mostrar a todos os brasileiros que somos capazes de superar qualquer coisa e que somos melhores que qualquer um. E só perdemos para nós mesmos...

Por Leandro Aguilar